Nos versos improvisados, o rodopio das saias faceiras. E os tamancos ecoam a batida ritmada no povoado Mussuca, no município de Laranjeiras.
24 de junho é Dia de São João. Em Sergipe, o louvor vem do tempo da escravidão, e é com a tradição do samba de parelha que a comunidade quilombola do município de Laranjeiras festeja o dia do santo.
Não é só um antigo costume. É também o sustento de algumas mulheres. “Vivemos da roça, da pesca e de pedreira.
O povoado Mussuca guarda a história da busca pela liberdade. Refúgio dos negros que escapavam dos canaviais da região, onde o sofrimento também é uma herança.
Viver aqui é muito difícil, não temos água encanada e as ruas são cheias de buraco, contou a dona de casa Luciene dos Santos.
A comunidade aprendeu a vencer o isolamento e as dificuldades preservando antigas tradições e nisso as mulheres tem um papel fundamental.
Nos versos improvisados, o rodopio das saias faceiras. Os tamancos ecoam a batida ritmada. É o samba de parelha, tradição presente em homenagem a São João. “É samba de parelha porque é sambando de dois em dois”.
Em torno do samba, a celebração secular. “O São João é a noite mais feliz que temos na comunidade”.
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